Apresentação

O que é um Acólito?

Acólito (do grego antigo ἀκόλουϑος - akótoutos) é um membro da Igreja Católica, instituído ou não. Deriva do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. O acólito é portanto aquele que acompanha os ministros ordenados (Bispo, Padre ou Diácono) nas ações litúrgicas e os auxilia, sobretudo na celebração da Santa Missa. Auxilia primeiramente o padre ou bispo, mas também ao diácono, ministro da palavra, ministro da eucaristia e leitores. É um ministério próprio dos homens, porém podem ser aceitas mulheres para acolitar, não podendo ser, contudo, instituídas.

Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero.

Em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração. Noutras celebrações, acompanha e serve as pessoas responsáveis por essas mesmas celebrações.

Quando o bispo ou o presbítero, na sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar.

Depois, acompanha-os na procissão de entrada, indo na frente. Durante a missa, o acólito está sempre atento ao que o bispo ou o presbítero precisam, para lhes apresentar umas vezes o missal, outras vezes as coisas que eles hão-de colocar no altar, ou para os acompanhar quando vão distribuir a comunhão aos fiéis.

Por fim, quando o presidente regressa à sacristia, o acólito vai à sua frente e ajuda-o a tirar as vestes e a guardá-las.

Só depois de tudo isto feito é que o acólito pensa em si próprio. No fim de ter ajudado o presidente da celebração, também ele tira a sua túnica e a guarda.

Enquanto faz tudo isso, agradece a Jesus por ter estado a servi-lo na pessoa dos seus ministros, e pode lembrar-se daquela palavra do Senhor: “Em verdade vos digo: Sempre que fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.” (Mt 25, 40).

Podemos então dizer que o acólito, desde o princípio até ao fim da missa, acompanha, ajuda e serve o próprio Jesus. Ele não o vê com os seus olhos, mas a fé ensina-o. Um verdadeiro acólito vai descobrindo isto cada vez mais.

Se um acólito não o descobre, corre o risco de se cansar de ser acólito.

Mas se o descobre e acredita nisso, então vai desejar sempre (participar na comunidade, exercendo a função de acólito) ser escolhido para acólito, em cada domingo.

Para explicar muito bem este assunto temos de ver alguns aspetos. O primeiro é este: há acólitos instituídos e acólitos não instituídos.

a) Acólitos instituídos

Chamam-se acólitos instituídos, aqueles que o bispo de uma diocese chamou e fez acólito. Este chamamento e esta instituição pelo bispo querem dizer que um acólito instituído é convidado a participar muito empenhadamente na celebração da Eucaristia, que é o coração da Igreja, e que o deve fazer sempre que esteja presente e for convidado a fazê-lo pelo responsável da celebração.

Também quer dizer que, dentro da mesma diocese, o acólito instituído pode ser chamado a realizar o seu serviço em qualquer paróquia, desde que o pároco o convide ou lho peça, uma vez que o bispo que o chamou é o bispo de todas as paróquias dessa diocese.

Quem é que pode ser acólito instituído?

Só os rapazes que se preparam para isso durante bastante tempo. É o que acontece com os seminaristas, embora também possam ser chamados outros rapazes ou homens que não sejam seminaristas.

Este pormenor quer dizer que, um dia, se esse rapaz ou homem vier a ser ordenado padre, deve não só servir bem, como bom acólito que foi, mas também ensinar os mais novos da paróquia onde estiver, a serem bons servidores, ou seja, óptimos acólitos, como o pároco faz com toda a unidade pastoral.

b) Acólitos não instituídos

Os acólitos não instituídos são em maior número do que os instituídos. São aqueles que nós conhecemos melhor, porque os vemos todos os domingos a servir na missa, nas nossas paróquias.

Eles podem ser rapazes ou raparigas. Quem os chama para serem acólitos é o pároco de cada paróquia e não o bispo da diocese. Esse chamamento é precedido de uma preparação e é muito importante praticar o serviço de acólito, procurando fazê-lo cada domingo com maior perfeição e atenção, mas sobretudo com muito espírito de fé.

Podemos dizer que Jesus foi o primeiro de todos os acólitos, pois disse um dia estas palavras: “Pois, quem é o maior: o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve.” (Lc 22, 27).

Ora, o acólito, quer seja instituído quer não o seja, é e deve ser cada vez mais um rapaz ou uma rapariga que gostam de servir a Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que moram em sua casa e com os que com eles convivem mais de perto, e também na liturgia.

Algumas das funções principais de um acólito na missa de cada domingo são:

Antes de começar a missa:

— prestar todos os serviços ao presidente e ver se o altar e tudo o mais está preparado para a celebração e, se a liturgia assim o pedir, o turíbulo e a naveta.

Ao começar a missa:

— na procissão de entrada, a caminho do altar, levar a cruz, assim como os círios acesos.

Durante a missa:

— servir o presidente em tudo o que for preciso: apresentar o missal e as coisas necessárias para preparar o altar;

— acompanhar o presidente e os ministros extraordinários durante a distribuição da comunhão aos fiéis;

— arrumar os vasos sagrados, na credência, depois da purificação.

No fim da missa:

— acompanhar o presidente e ajudá-lo a tirar as vestes. Só depois disso é que o acólito tira a sua túnica.

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