Apresentação
O que são os Ministros da Palavra?
O Concílio Vaticano II recomendou que se realizasse a celebração da Palavra de Deus quando a celebração da Missa não é possível (Constituição sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, n. 35, 4), sendo que esta celebração da Palavra na ausência do presbítero pode ser seguida da comunhão eucarística. Deste modo, os fiéis podem alimentar-se ao mesmo tempo da Palavra e do Corpo de Cristo: “Na verdade, escutando a palavra de Deus reconhecem as suas maravilhas, ali anunciadas, atingem a plenitude do mistério pascal, cujo memorial se celebra sacramentalmente na Missa, e no qual participa pela Comunhão” (Ritual Romano, A Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 26).
É importante sublinhar que o ministro da Palavra não preside à celebração, mas apenas orienta a oração, comportando-se como um entre iguais, como aliás sucede na Liturgia das Horas e na recitação da oração do terço, quando é conduzida por um fiel leigo. É evidente que as Celebrações da Palavra não se podem confundir com a Celebração da Eucaristia. O ideal é que estas assembleias litúrgicas aumentem nos fiéis o desejo de participar na Eucaristia. A importância da Celebração da Palavra é proporcionar o acesso aos tesouros da Sagrada Escritura e da oração da Igreja aos fiéis que não podem ir à missa no domingo.
O esquema da celebração da Palavra compõe-se dos seguintes elementos:
a) Os ritos iniciais, cuja finalidade é conseguir que os fiéis, quando se reúnem, constituam a comunidade e se disponham dignamente para a celebração
b) A liturgia da palavra, na qual o próprio Deus fala ao seu povo, para lhe manifestar o mistério da redenção e da salvação; o povo responde mediante a profissão de fé e a oração universal
c) A ação de graças, com a qual se bendiz a Deus pela sua imensa glória
d) Os ritos da comunhão, pelos quais se exprime e realiza a comunhão com Cristo e com os irmãos, sobretudo com aqueles que, no mesmo dia, participam do sacrifício eucarístico
e) Os ritos da conclusão, através dos quais se indica a relação que existe entre a liturgia e a vida cristã
Os Ministros da Palavra devem manter e fomentar a comunhão com a Igreja:
- Devem manter a comunhão com a Igreja Universal, através do respeito pelas orientações doutrinais recomendadas pelo Magistério da Igreja
- Devem guardar e fortalecer a comunhão com a Igreja Diocesana, através do respeito pelas orientações pastorais do Bispo da Diocese
- Devem manter a comunhão com a comunidade da Paróquia e da Unidade Pastoral, através do respeito pelas orientações pastorais do(s) Pároco(s) e promovendo a participação na Eucaristia dominical e exercendo o seu ministério como um serviço em favor dos irmãos, sob a autoridade do(s) Pároco(s)